Tokugawa Ieyasu (1543-1616), fundador e
primeiro xogum do governo Tokugawa, uma vez reuniu um grupo de homens valentes.
Depois de fazer cada um falar de seus feitos em batalha, pediu que contassem
qual era a coisa mais gostosa do mundo. Um disse vinho; outro, doces; um
terceiro, frutas. Discutiram o assunto, cada homem apontando sua preferência
pessoal, mas Ieyasu não parecia satisfeito.
Por fim, voltou-se para sua fiel
atendente, uma mulher chamada Okaji, e perguntou: "Qual é a coisa mais
gostosa do mundo para você?".
Okaji sorriu e respondeu apenas:
"Sal".
Pela primeira vez, Ieyasu deu um sorriso
de satisfação. E em seguida fez outra pergunta: "E a pior?". Ela
respondeu tranquilamente: "A coisa menos gostosa também é o sal".
Ieyasu ficou perplexo com sua destreza.
A verdade inegável da resposta de Okaji
está baseara neste princípio: como o sal realça todos os outros sabores, ele é
sem dúvida a coisa mais gostosa do mundo. Da mesma forma, o sal pode estragar
tudo. Por isso é também a coisa menos gostosa. Claro que o sal em si é nem
agradável nem desagradável ao paladar- seu efeito é uma questão de proporção.
O sal é apenas um ingrediente do sabor;
e o importante saber usá-lo na medida certa.
Saúde, riqueza, reputação e status são
todos meros ingredientes da felicidade. A chave do verdadeiro bem-estar é ser
capaz de usá-los com habilidade.
(Kentetsu
Takamori – Um Caminho de Flores: 75 histórias para mudar sua vida)
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