Quando
ainda era um acólito, Bankei (1622-1693), o monge do budismo zen, sentava-se
todas as noites em meditação.
Uma
manhã, depois de meditar ele estava descansando num estábulo quando um nobre
samurai chegou para treinar seu cavalo.
Enquanto
Bankei observava tranquilamente, ficou claro que o cavalo não estava bem e que
recusava os comandos do cavaleiro.
O
samurai gritou com o animal e bateu nele.
Bankei
protestou: "O que você acha que está fazendo?".
O
samurai não deu atenção, apenas chicoteou o animal com mais força.
Bankei
continuou gritando até que finalmente o samurai desmontou e foi até ele.
"Já
faz algum tempo que você está ralhando comigo", disse com calma. "Se
tem algo a me ensinar estou pronto a escutar" Suas palavras eram
extremamente polidas, mas estava claro que, dependendo da resposta que recedesse;
ele podia explodir em ira.
Sem
hesitar Bankei disse:"É tolice culpar apenas o cavalo por não obedecer às
ordens.
O
cavalo tem suas próprias razões. Se quer que ele escute, tem de convencer o
animal. Para tanto, precisa começar a corrigir a si próprio entende?".
O
samurai era inteligente e humilde, então assentiu com a cabeça, fez uma
reverência e se foi. Depois, mudando de atitude, montou seu cavalo. Para sua
surpresa, o cavalo parecia outro e docilmente obedeceu a todos os seus comandos.
Quem
fica culpando os outros por tudo de ruim por tudo que acontece em sua vida
nunca encontra a verdadeira felicidade.
O
essencial é olhar honestamente para si mesmo e corrigir as próprias atitudes.
Fazendo isso, os outros mudarão também. A vida cotidiana com certeza será mais
feliz.
(Kentetsu
Takamori – Um Caminho de Flores: 75 histórias para mudar sua vida)
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