A fim de reduzir o número de divórcios, garantir a manutenção dos filhos e agilizar os trâmites administrativos em caso de uma ruptura a assembléia legislativa do Distrito Federal, no México discutirá a proposta de casamentos renováveis. Na Cidade do México, cinco de cada dez casais acabam se separando. Por isso, propõem casamentos renováveis, isto é, contratos de dois anos. Dito contrato seria opcional, o que evitaria a carga de trabalho por julgamentos relacionados a divórcios.
- "Dois anos é um tempo mínimo que já permite conhecer e avaliar como é sua vida a dois. Se renovar, significará que há um entendimento com seu parceiro, que sabe quais são as regras da relação e que ambos os cônjuges têm certeza jurídica de seus direitos e obrigações", afirma a deputada Lizbeth Rosas.
- "Se antes desses dois anos os cônjuges decidem que o casamento não seu certo, podem divorciar de maneira tradicional, ninguém pode obrigar ninguém a ficar juntos", esclarece.
O contrato inclui acordos prévios entre o casal antes de casar-se. Neles poderiam determinar por exemplo, quanto cada um deveria pagar para a manutenção dos filhos ou o tempo durante o qual se pagaria uma pensão a algum dos membros em caso de separação.
Mas nem todos estão de acordo, alguns deputados consideram que a proposta vai na contramão do conceito tradicional de que o casamento é para toda a vida.
Consolo Mendoza, diretora de União Nacional de Pais de Família, diz que esse "tipo de iniciativas criam uma cultura do descartáveis em temas tão importantes para a sociedade. Se os pais têm diferenças, primeiro devem buscar outras soluções".
- "Imagine só o impacto emocional que teria para uma criança", diz Mendoza. "A angústia de pensar a cada dois anos se mamãe e papai vão renovar o contrato"
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