Seguidores

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Sobre a Religião

A Religião, seja ela cristianismo, budismo, hinduísmo, teosofia ou qualquer outra espécie de ismo ou sofia ou sistema, pode apenas levar-nos àquele ponto em que todas as religiões se encontram e não além.

Aquele preciso ponto em que as religiões todas se encontram é a compreensão - não em sentido místico, mas no sentido mais mundano e terra-a-terra, e quanto mais mundano e terra-a-terra melhor - do fato de que Deus é tudo e tudo é Deus.

Desse ponto em diante começa o trabalho da prática dessa compreensão mental e o resultado é o rompimento de um hábito. É preciso deixar de chamar as coisas de "coisas" e chamá-las de Deus; e, ao invés de pensá-las como coisas, é preciso saber que são Deus.

Ao invés de imaginar a "existência" como a única coisa possível, deve-se compreender que esta existência (fenomenal) é apenas uma criação da mente, que a não-existência é uma sequência necessária desde que a postulemos a "existência".

O conhecimento das coisas só mostra a existência de um órgão a ser conhecido. Não há sons para o mudo, visões para o cego e a mente é apenas um órgão de concepção ou apreciação de certos aspectos de Deus. Deus é infinito e, por conseguinte, existência e não-existência são apenas contrapartidas dele.

Não pretendo dizer que Deus seja composto de partes definidas. É difícil ser inteligível ao falar de Deus. O verdadeiro conhecimento vem de dentro e não de fora. E o verdadeiro conhecimento não é "saber" mas "ver"."

Trecho de um resumo enviado a um amigo e posteriormente publicado na International Psychic Gazette por 
F. H. Humphreys, devoto de Sri Ramana Maharshi in "Ramana Maharshi e o Caminho do Autoconhecimento" de Arthur Osborne, Ed. Pensamento.

0 comentários:

Postar um comentário