A
Religião, seja ela cristianismo, budismo, hinduísmo, teosofia ou qualquer outra
espécie de ismo ou sofia ou sistema, pode apenas levar-nos àquele ponto em que
todas as religiões se encontram e não além.
Aquele
preciso ponto em que as religiões todas se encontram é a compreensão - não em
sentido místico, mas no sentido mais mundano e terra-a-terra, e quanto mais
mundano e terra-a-terra melhor - do fato de que Deus é tudo e tudo é Deus.
Desse
ponto em diante começa o trabalho da prática dessa compreensão mental e o
resultado é o rompimento de um hábito. É preciso deixar de chamar as coisas de
"coisas" e chamá-las de Deus; e, ao invés de pensá-las como coisas, é
preciso saber que são Deus.
Ao
invés de imaginar a "existência" como a única coisa possível, deve-se
compreender que esta existência (fenomenal) é apenas uma criação da mente, que
a não-existência é uma sequência necessária desde que a postulemos a
"existência".
O
conhecimento das coisas só mostra a existência de um órgão a ser conhecido. Não
há sons para o mudo, visões para o cego e a mente é apenas um órgão de
concepção ou apreciação de certos aspectos de Deus. Deus é infinito e, por
conseguinte, existência e não-existência são apenas contrapartidas dele.
Não
pretendo dizer que Deus seja composto de partes definidas. É difícil ser
inteligível ao falar de Deus. O verdadeiro conhecimento vem de dentro e não de
fora. E o verdadeiro conhecimento não é "saber" mas
"ver"."
Trecho de um resumo enviado a um amigo e posteriormente publicado na International Psychic Gazette por
F.
H. Humphreys, devoto de Sri Ramana Maharshi in "Ramana
Maharshi e o Caminho do Autoconhecimento" de Arthur Osborne, Ed. Pensamento.
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