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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Sobre os Mestres

Um Mestre é alguém que meditou apenas em Deus, atirou toda a sua personalidade no mar de Deus, afogou-a e esqueceu-a ali, até tornar-se apenas o instrumento de Deus e quando sua boca se abre fala palavras de Deus sem esforço nem planejamento prévio; e quando ergue a mão, Deus flui novamente através dela, realizando um milagre.

Não leve em grande consideração os fenômenos físicos e coisas que tais. Eles são inumeráveis; e uma vez estabelecida a fé no coração daquela que busca, esses fenômenos terão cumprido suas finalidades.
Clarividência, clariaudiência e coisas semelhantes não valem a pena, quando uma iluminação tão maior e uma paz tão maior são possíveis sem elas e não com elas. O Mestre assume tais poderes como uma forma de auto-sacrifício!
A ideia de que um Mestre seja alguém que desenvolveu poderes sobre forças e sentidos ocultos através de longa prática, orações ou coisa parecida, é absolutamente falsa. Mestre algum jamais deu a mínima importância aos poderes ocultos, pois não necessita deles na vida cotidiana.
Os fenômenos que vemos são curiosos e surpreendentes — mas o mais maravilhoso de tudo não percebemos: uma, e apenas uma, força ilimitada é responsável por:
a) Todos os fenômenos que vemos; e
b) O ato de vê-los.
Não fixe sua atenção sobre essas coisas mutáveis da vida, morte e fenômenos. Não pense sequer no próprio ato de vê-las ou percebê-las, mas apenas naquilo que vê essas coisas — aquilo que é responsável por tudo.

Trecho de um resumo enviado a um amigo e posteriormente publicado na International Psychic Gazette por F. H. Humphreys, devoto de Sri Ramana Maharshi in "Ramana Maharshi e o Caminho do Autoconhecimento" de Arthur Osborne, Ed. Pensamento.

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