Anônimo
“Contam que, em uma marcenaria houve uma
estranha assembleia.
Foi uma reunião onde as ferramentas
juntaram-se para acertar suas diferenças.
Um martelo estava exercendo a
presidência, mas os participantes exigiram que ele renunciasse.
A causa?
Fazia demasiado barulho e além do mais,
passava todo tempo golpeando.
O martelo aceitou sua culpa, mas pediu
também que fosse expulso o parafuso, alegando que ele dava muitas voltas para
conseguir algo.
Diante do ataque, o parafuso concordou,
mas pôr sua vez pediu a expulsão da lixa.
Disse que ela era muito áspera no
tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.
A lixa atacou, com a condição de que se
expulsasse o metro, que sempre media os outros segundo a sua medida, como se
fosse o único perfeito.
Nesse momento entrou o marceneiro,
juntou todos e iniciou o seu trabalho.
Utilizou o martelo, a lixa, o metro, o
parafuso…
E a rústica madeira se converteu em
belos móveis.
Quando o marceneiro foi embora, as
ferramentas voltaram à discussão.
Mas o serrote adiantou-se e disse:
senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o marceneiro trabalha com
nossas qualidades, ressaltando nossos pontos valiosos.
Portanto, em vez de pensar em nossas
fraquezas, devemos nos concentrar em nossos pontos fortes.
Então a assembleia entendeu que o
martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para
limpar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.
Sentiram-se como uma equipe, capaz de
produzir com qualidade, e uma grande alegria tomou conta de todos pela
oportunidade da trabalhar juntos.
O mesmo ocorre com os seres humanos.
Quando uma pessoa busca defeitos em
outra, a situação torna-se tensa e negativa.
Ao contrário, quando se busca com
sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas
humanas.
É fácil encontrar defeitos, qualquer um
pode fazê-lo, mas transmutar em qualidades?
Isto é para os sábios! “
Retirado de: http://www.deldebbio.com.br/2014/07/31/transmutacao/
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