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sábado, 16 de agosto de 2014

Sobre a Mente Simples do Zen

"Todo mestre iluminado é uma evidência de que você está vivendo na escuridão, de que você precisa transformar sua escuridão em vida, em luz.
Esta parece ser uma tarefa enorme — ela não é, porém aparenta ser uma tarefa enorme —, transformar sua cegueira em límpidos olhos perceptivos, sua escuridão numa bela luz da manhã.
É uma coisa simples, a coisa mais simples do mundo, mas justamente por ser simples, não atrai a mente.
A mente está interessada em fazer grandes coisas.
O desejo por detrás de toda a ambição da mente é o de ser especial.
E você pode ser especial apenas com aquisições especiais.
O problema com o Zen é que ele deseja que você seja completamente simples, e não especial.
Ele vai contra o próprio desejo da mente, o qual não é um pequeno fenômeno — é um desejo de quatro milhões de anos, o qual todos estão carregando em diferentes vidas.
A mente não pode compreender porque você deveria ser simples, quando poderia ser especial, porque você deveria ser humilde, quando poderia ser poderoso.
E a mente é pesada, ela tem o grande peso do passado.
No momento em que a mente vê alguém humilde, simples, natural, um buda, imediatamente ela o condena, porque tal pessoa vai contra toda a constituição da mente humana.
E de uma certa maneira a mente está certa.
Para ser um buda você terá que abandonar a mente completamente, terá que se tornar um espelho vazio."
(Osho in: Ma Tzu: O espelho Vazio - Ed. Pontes)

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