Pensar que está
apaixonado para sempre.
O
que você está sentindo é lindo e outro dia mesmo você ouviu falar sobre um
casal que se conheceu ainda no jardim de infância e está junto até hoje… Enfim,
tudo parece estar te levando para os caminhos da eternidade. Ainda assim, não
tome decisões a longo prazo. Tatuagens com o nome de alguém, por exemplo, são
sempre uma má ideia. Acredite, SEMPRE. A paixão eterna de hoje pode ser a
eterna decepção da próxima semana. Tente cometer esse erro sem ficar -
literalmente – marcado(a) para o resto da vida, sim?
Acreditar que
sabe muito mais do que sabe.
Você
foi mimado, protegido e cuidado a vida inteira – por seus pais, tios,
professores – e, de repente, está por aí no mundo. Difícil não sair da sua
bolha com uma certa prepotência, como quem acabou de chegar, mas já conhece
tudo, sabe tudo. É um fato: em algum momento dos seus 20, 20 e poucos anos,
você vai cair em uma situação que não tem nada a ver com o que você já
experienciou antes, e com certeza vai se surpreender com o quão raso você
realmente mergulhou no mundo como ele é. Até essa epifania acontecer, você vai
desconsiderar totalmente os conselhos e ajudas que provavelmente te farão falta
no futuro.
Ter um estilo do
qual vai se arrepender depois.
Crocs,
undercut, calças saruel, barriguinha de fora, sneakers… Você certamente vai se
arrepender disso em algum ponto da sua vida.
Achar que é
“tarde demais”.
Seja
lá qual vá ser a hipótese em que o “tarde demais” se encaixe – para mudar de
curso, voltar a estudar, sair do emprego -, em algum momento, você acreditará
com todas as forças que está com as mãos atadas, atrasado ou velho demais.
Demorar tempo
demais para perceber – e assumir – que é um adulto.
Você
passou metade da adolescência desejando ser um adulto e então o tempo chega: o
problema é que, quando isso acontece, ser adulto não parece mais tão
sensacional assim. As responsabilidades da vida adulta, somadas às imaturidades
da tão recente adolescência, só poderiam resultar em uma síndrome de Peter Pan.
Não que você vá voltar a brincar com Barbies ou Hot Wheels, mas vai demorar um
tantinho mais de tempo para aceitar que as crianças de hoje, provavelmente, vão
te chamar de tio(a) em não muito tempo.
Não ligar a
mínima para a própria alimentação.
O
tempo está corrido, né? Você vai pra faculdade pela manhã, fica no estágio à
tarde e à noite não tem mais mamãe pra cozinhar. Resultado: fritura no café da
manhã, fast food no almoço e na janta (isso quando não se faz um mix das duas
refeições), biscoito recheado de lanchinho.
Cercar-se de
amigos-balada.
Os
20 anos são os principais anos das descobertas, pois envolvem a faculdade, os
primeiros empregos e as viagens loucas. São tantas pessoas novas e experiências
diferentes que, em algum momento, você vai sentir que formou um grupo grande de
‘amigos’ que quase não conhece. São aqueles que te ligam para curtir a balada,
mas não ligam quando sabem que você quebrou a clavícula e vai precisar de
repouso nas próximas semanas. Gente que, na hora de te dar um presente, compra
chocolates – ainda que você seja intolerante à lactose.
Tomar decisões
para “se adaptar”.
Coisas
como começar a beber só porque os seus amigos bebem ou fumar porque o grupo
acha bacana, vão parecer atitudes muito idiotas depois, tenha certeza disso. E
também tenha certeza de que você vai cair numa dessas, uma hora ou outra.
Namorar alguém
que está em um fase de vida diferente.
Não
é que namorar alguém mais velho ou mais novo do que você seja sempre um erro. O
problema mesmo é quando, entre a sua fase de vida e a da pessoa, há um abismo.
Você acabou de sair da faculdade, quer se descobrir profissionalmente, viajar
um pouco pelo mundo, nadar com golfinhos e fazer trabalhos filantrópicos; o seu
namorado quer casar, ter filhos e abrir um novo negócio. Parece tudo certo,
menos o timing, mas timing não é um simples detalhe, né?
Ficar em um
trabalho que você odeia e/ou que não te ensina nada.
O
dinheirinho do fim do mês está garantido e você tira o trabalho de letra, mas
não liga a mínima para ele. A não ser quando ele vira uma total frustração,
claro. E ainda que você queira se convencer de que não havia outra escolha no
momento… Havia, sim.
Gastar muito
dinheiro com algo inútil.
A
roupa caríssima que só usou uma vez na vida, o colar ‘diferente’ com o qual
nunca ousou sair, a mais nova versão do celular que comprou há 4 meses
atrás… Quem nunca?
Ter CERTEZA de
alguma coisa que depois vai ser MUITO errada.
Você
AMAVA fulaninho, ODIAVA fulaninha e achava a banda X a MELHOR banda do
universo. Uns tempos depois, você percebe que a banda – que, até então, você
jurava que falava sobre amor, era uma homenagem ao Diabo – e que fulaninho nem
era tão santinho assim.
Deixar a vida te
levar.
Aguardar
que as coisas caiam do céu ou que o ‘destino’ guie a sua vida não pode ser algo
bom…
Esperar os 30
para começar algo – pensar em abrir um negócio, fazer um mestrado…
A
idade certa para fazer algo, muito frequentemente, é a idade em que isso é
exatamente o que você deseja. Até porque, aos 30, haverá outros planos, outras
ideias e outros desejos… Mas quem disse que aos 20 anos você vai entender isso?
Achar que a
paixão de verão vai durar até o inverno.
Até
Jammil já descobriu que ‘amor de praia não sobe serra’, mas você, aos 20 anos,
ainda não tem isso 100% explicado na cabeça. Ou até já tinha sacado e etc… Mas
só até passar pela sua própria paixãozinha de verão.
Subestimar
amizades de uma vida inteira.
Eles
cresceram com você, te conheciam muito bem e acompanharam a sua vida até metade
da sua faculdade, mas, em algum momento, vocês perderam o contato. Talvez
porque tenham seguido caminhos diferentes… Ou porque, o que transforma a
fatalidade em erro, a euforia dos amigos-balada afetou o seu poder de
julgamento. E então, anos depois, você percebe que talvez vocês não fossem tão diferentes assim
e que valia mesmo a pena ter dado mais valor a quem sempre fizera por onde
merecer.
Subestimar as
suas raízes.
A
sua nova vida interessantíssima vai acabar bloqueando costumes anteriores –
como jantar à mesa, participar do coral da Igreja ou comemorar o São João. Mais
lá na frente, eles farão falta, talvez não pelos costumes em si, mas por
representarem as suas origens e também por fazerem parte de quem você é hoje.
Subestimar a sua
família.
Família
vem em primeiro lugar, você sabia disso antes e relembrará o fato em breve. Só
tente não esperar muito, pois esse é um dos poucos erros listados aqui que têm,
sim, um “tarde demais”.
Ficar viciado em
tecnologia.
Provavelmente,
o erro mais rotineiro de todos.
‘Não ter tempo’.
Você
é jovem e responsável, estuda, trabalha, faz cursinho de inglês para negócios…
Tudo muito bom, tudo muito bem. Mas lembre: esse tempo não vai voltar. Dar o
melhor de si em tudo o que faz é necessário, mas você tem que aprender que dar
o melhor de si a você mesmo é tão importante quanto! Não custa nada sair com os
seus amigos uma vez por semana ou arranjar um tempo para fazer aulas de dança
ou de francês. Entregue a si mesmo um pouco do seu tempo, como quem se dá um
presente diário. Ok que você deve saber de tudo isso e ‘não ter tempo’ ainda
assim, mas que tal evitar classificar esse erro como inevitável? Encontre
prioridades e se dedique a elas. Você vai descobrir que as horas se multiplicam
quando você sabe como aproveitá-las.
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