Por Fernando Sepe,
Podemos
dizer, inspirados pela doutrina hindu, que quatro são os caminhos que levam a
Deus: o conhecimento, o amor, a ação e o exercício espiritual.
O
CAMINHO DO CONHECIMENTO (jnana):
é
o caminho do filósofo místico. Através do discernimento espiritual o Ser rompe
a ilusão da identificação com o eu ilusório (ego) e identifica-se com sua
natureza infinita, vasta e verdadeira. O Deus pessoal se torna impessoal e o
praticante se reconhece Nele.
O
CAMINHO DO AMOR (bhakti):
é
devocional. Devota-se a uma divindade pessoal, com tanto amor, que se perde o
ego nessa imensa louvação. Ama-se Deus acima de tudo e todos os nossos outros
amores são frutos desse amor primordial. Aqui, Deus é pessoal e o praticante
não tem a intenção de se fundir nele, mas sim de viver nesse amor, o que é
tradicionalmente representado da seguinte forma: “quero sentir o doce do
açúcar, não ser o açúcar”.
O
CAMINHO DA AÇÃO (karma):
é
aquele onde o ser atua no mundo, trabalha e realiza, mas desapega-se do fruto
de seu trabalho. Basicamente, essa prática “mata o ego de fome”, utilizando-o
para viver bem colocado no mundo, mas recusando todo fruto e benefício pessoal
adquirido. É o caminho da caridade.
O
último CAMINHO É O DO EXERCÍCIO ESPIRITUAL (raja):
do
empirismo místico. Nele, praticam-se exercícios espirituais tendo o objetivo de
ir além da mente racional e do nosso eu pessoal, conhecendo, integrando e
vivendo nosso eu transpessoal ou divino. O exercício espiritual pode ser bem
exemplificado com a prática da yoga, o zazen, a prece contemplativa do
cristianismo, a dança dervixe sufi etc. Esse caminho trespassa pelos outros
três.
Retirado
do material de apoio do Curso Arquétipos da Umbanda, oferecido pelo Instituto
Cultural Aruanda.
Retirado
e adaptado de:
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