Por: Tam Huyen Van
A
juventude cresce em meio ao caos argumentativo e ao vazio de relações
simbólicas sadias com o universo existencial, o que por sua vez forja adultos
superficiais e intolerantes, e toda palavra a favor do exercício de consciência
corre o risco de ser menosprezada como uma tola tentativa de falar ao deserto.
Mas
é precisamente neste momento que torna-se importante defender a prática
contemplativa e reflexiva, e buscar por todos os meios argumentos a favor da
superação das contradições culturais que destroem as possibilidades humanas de
equilíbrio e tolerância.
É
precisamente neste momento que atua o Zen: reafirmando a sabedoria de que é
possível superar o medo e o desarvoramento.
Quando
não temos mais nada a questionar, abrimos margem para que as reais dúvidas
apareçam.
Embora
o caminho para a maturidade de consciência seja longo, e grande parcela da
humanidade esteja profundamente mergulhada em ódios, orgulhos e negações, a
prática ainda é possível.
Nunca
se esqueça disso: preconceitos, extremismos e ignorâncias jamais superam a
perspectiva construtiva que habita o espírito humano; apenas criam uma ilusão
de domínio da intolerância.
A
doença perceptiva de que sofre o Homem é perigosa e destrutiva, mas há uma
medicina para isso; a cura é possível, e completamente viável para todos nós.
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