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sábado, 17 de janeiro de 2015

A Juventude e o Zen

Por: Tam Huyen Van
 A juventude cresce em meio ao caos argumentativo e ao vazio de relações simbólicas sadias com o universo existencial, o que por sua vez forja adultos superficiais e intolerantes, e toda palavra a favor do exercício de consciência corre o risco de ser menosprezada como uma tola tentativa de falar ao deserto.

Mas é precisamente neste momento que torna-se importante defender a prática contemplativa e reflexiva, e buscar por todos os meios argumentos a favor da superação das contradições culturais que destroem as possibilidades humanas de equilíbrio e tolerância.

É precisamente neste momento que atua o Zen: reafirmando a sabedoria de que é possível superar o medo e o desarvoramento.
Quando não temos mais nada a questionar, abrimos margem para que as reais dúvidas apareçam.

Embora o caminho para a maturidade de consciência seja longo, e grande parcela da humanidade esteja profundamente mergulhada em ódios, orgulhos e negações, a prática ainda é possível.

Nunca se esqueça disso: preconceitos, extremismos e ignorâncias jamais superam a perspectiva construtiva que habita o espírito humano; apenas criam uma ilusão de domínio da intolerância.


A doença perceptiva de que sofre o Homem é perigosa e destrutiva, mas há uma medicina para isso; a cura é possível, e completamente viável para todos nós.

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