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domingo, 22 de janeiro de 2012

Sobre a Existência de Deus

Por Igor Teo
No texto “Why am not a Christian and the faith of a racionalist”, o filósofo Bertrand Russel apresenta seus motivos para não ser religioso e procura refutar as argumentações que tentam a provar a existência de Deus, assim como negar a real necessidade de uma religião. Baseando-me nas argumentações definidas por ele, procuro neste texto explicitar a minha visão sobre cada questão, mostrando a minha opinião neste tema polêmico.

Argumento da Causa Primeira:
Diz que tudo no Universo tem uma causa anterior. Se acompanharmos o caminho contrário, voltando do momento atual causa por causa até o primeiro momento chegaremos a Causa Primeira de tudo segundo a lógica determinista. Essa causa primeira seria Deus. Mas se tudo possui realmente uma causa anterior, Deus também deveria ser produto de uma causalidade. Se Deus criou o Universo, quem criou Deus?
Se puder existir algo sem causa (como Deus), a própria argumentação da Causa Primeira fica inválida, pois nada impediria que surgissem outros elementos no Universo (como vida, planetas ou dores de cabeça) sem causa.

Apesar disso, tanto teístas quanto ateístas concordam que alguma coisa sempre existiu. Ou Deus sempre existiu, ou o Universo sempre existiu. Não há explicações conclusivas de como esse Universo possa ter sempre existido eternamente, assim como Deus. Tentar fugir da lógica temporal é muito complicada na realidade humana, então qualquer opinião que se tenha, sempre irá cair-se em alguma crença incapaz de ser comprovada.

O ateísmo é uma crença, uma postura intencional, tanto quanto o teísmo. Independente da argumentação que procuremos trabalhar, sempre partiremos de alguns pressupostos que estão no campo das crenças pessoais, onde a partir deles serão trabalhadas as evidências que temos de como o mundo funciona. Qualquer que seja nossa posição quanto a essas questões, no teísmo ou ateísmo, precisamos ter uma certa dose de fé na realidade.

Argumento da lei natural:
Popularizada por grandes gênios como Isaac Newton depois de perceber que no Universo existem leis naturais extremamente complexas (como a gravidade e a inércia), passou-se a acreditar que Deus que definiu essas leis devido à nossa própria incapacidade de as entendermos precisamente. Após as descobertas de Einstein na Física percebemos, no entanto, que muitas ditas leis naturais são na verdade convenções humanas. A Teoria da Relatividade mostram como essas supostas leis universais dependem de mais variáveis do que imaginamos. Isso não significa dizer que elas mudam de forma espontânea ou não possuem certa estabilidade, mas sim que a mesma lei pode se manifestar de maneiras diferentes de acordo com o contexto.

Mas considerando que Deus tenha outorgado essas leis da determinada maneira que são descritas, por que ele teria feito dessa forma, e não de maneira diferente? Porque ele quis que força fosse igual a massa multiplicado pela aceleração? Deveríamos aceitar na crença de que os desígnios de Deus nos serão desconhecidos? Novamente retornamos às crenças.

Ao falarmos de descobertas científicas, cabe ressaltar aqui que Ciência não é o mesmo que materialismo aplicado. Materialismo é uma corrente paradigmática amplamente aceita atualmente, mas não significa que é uma postura oficial do método científico. Portanto, sempre cuidado ao pensar na falsa dicotomia Ciência x Religião.

Argumento do Design:
Muitas vezes como complementação ao anterior, este argumento se define como “tudo no mundo é feito da maneira para que pudéssemos viver nele, e se fosse diferente, não poderíamos estar aqui.” Essa argumentação é na verdade facilmente refutada, pois como Darwin demonstrou em “A Origem das Espécies”, a seleção natural que está atuando de forma a selecionar o ambiente justamente como ele é da forma que é hoje. Não é produto de uma força modeladora inteligente, mas do próprio “acaso” de variáveis ainda desconhecidas que nos levou a configuração que possuímos hoje. Não faz sentido chamar qualquer variável desconhecida de Deus na falta de uma explicação melhor.

Argumento moral:
Essa argumentação procura provar Deus a partir do moralismo. Apela-se, por exemplo, que não haveria o certo ou o errado se Deus não existisse. Antes de entrar nessa questão em particular, é essencial termos em mente que a moral é determinada tanto historicamente como espacialmente. A moral de hoje não é a mesma de ontem, nem será a de amanhã. Cada lugar e cada povo têm as suas crenças do que é certo ou do que é errado.

É considerado errado apontar algum erro de uma religião porque se acredita que religião faz homens virtuosos. Não faltam contestações, uma vez que houve inúmeras guerras religiosas, Inquisição e todos os dias verdadeiros crimes são cometidos em nome de Deus.

Teme-se que se não houver um Deus regulador as pessoas começariam a matar umas as outras, como se a moral não pudesse existir sem uma autoridade que a outorgasse. O que vemos na verdade é a existência de pessoas maravilhosas na religião que usam Deus para praticar atos de grande caridade e humanismo. Mas há também homens cruéis dentro das religiões, que usam um Deus cruel como justificativa para suas crueldades. Percebemos com isso que não é a variável “acreditar em Deus ou não” que interfere no caráter da pessoa, mas é alguma variável que nos foge ao assunto principal deste texto.

Argumento da justiça:
Outra variação da argumentação moralista é a que impõe existência de Deus como necessidade para trazer a justiça ao mundo. Esse não é um tipo de argumento intelectual, mas que procura apenas atender a uma necessidade de conforto pessoal. As pessoas esperam que Deus lhes dê uma sensação de segurança frente a um mundo contingente. Realmente seria muito bom se tivesse um grande vigilante cuidando de nós, mas entre o que queremos que exista e o que de fato existe há uma grande distância.

Outro argumento não citado por Russel, mas que acho bom levar em consideração é o argumento panteísta:
Defende-se que Deus não é um ser individual e isolado, governando o Universo. Ele seria o próprio Universo, o Todo, estando em todas as coisas, da natureza ao íntimo do ser humano. Como refutação, cito um trecho de um poema de Fernando Pessoa, sob o pseudônimo de Alberto Caeiro, chamado “Há metafísica demais não pensar em nada”.

“Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.”

Com simplicidade Fernando Pessoa consegue nos mostrar que se Deus está presente em todo o Universo, se cada partícula, cada átomo e se cada ser humano é Deus, não faz sentido o chamarmos de Deus. Pois se ele existe em tudo, não havendo nada em que ele não exista, não faz sentido o separarmos do todo para adorá-lo. Faz mais sentido que se adore o todo simplesmente por ele ser o todo, por ser em si mesmo ser algo incrível, sem a necessidade de fantasiarmos de maneiras mirabolantes. Um ateísta não precisa ter uma crença religiosa para adorar este Deus e merecer todas as recompensas prometidas.

Como disse certa vez Carl Sagan: “A idéia de que Deus é um gigante barbudo de pele branca sentado no céu é ridícula. Mas se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que regem o Universo, então claramente existe um Deus. Só que Ele é emocionalmente frustrante: afinal, não faz muito sentido rezar para a lei da gravidade!”

Mas então, Deus existe?
Os deuses existem. Estão tão próximos que não dá para dizer o que somos nós ou o que são eles. Não falo agora de um panteísmo nem de um deus pessoal, mas sim de deuses como estados de consciência. Deuses são os arquétipos da consciência humana, interpretados de forma particular em cada cultura. Carl Gustav Jung se debruçou sobre esse estudo e formulou a teoria dos arquétipos. Joseph Campbell também estudou a mitologia e descobriu pontos em comuns compartilhados por todas as histórias de deuses e heróis. O estudo da Cabala Hermética também nos deixa muito próximo deste conhecimento.

Essas grandes ideias que chamamos de arquétipos não possuem forma pré-definida, mas são tendências invisíveis atrás dos símbolos presentes no inconsciente coletivo da humanidade. Deuses que habitam dentro de nós, deuses que sempre foram nós mesmos. Ao que tudo indica, não há nenhum Deus físico com super-poderes por aí. Mas não podemos afirmar o mesmo no plano mental. Richard Dawkins teve um estudo muito interessante sobre essa questão, chamado de memética.

As imagens divinas das religiões são representações simbólicas para entrarmos em contato com os arquétipos, mas não devem ser levadas ao pé da letra. Por exemplo, Não se espera que realmente exista um Thor descendo por uma ponte de arco-íris disparando raios por um martelo. Deuses não existem materialmente, são apenas personificações de grandes ideias. Ideias que podemos entrar em contato. Para saber como, leia meu texto “Invocando os Deuses”.

Alan Moore pontua assim sobre essa questão: “(…) E o Monoteísmo é, pra mim, uma grande simplificação. Eu quero dizer, a Cabala tem uma grande variedade de deuses, mas acima da escala, da Árvore da Vida, há uma esfera que é o Deus Absoluto, a Mônada. Algo que é indivisível, você sabe. E todos os outros deuses, e, de fato, tudo mais no universo é um tipo de emanação daquele Deus. E isto está bem. Mas, quando você sugere que lá está somente esse único Deus, a uma altura inalcançável acima da humanidade, e que não há nada no meio, você está limitando e simplificando o assunto.
Eu tendo a pensar o Paganismo como um tipo de alfabeto, de linguagem. É como se todos os deuses fossem letras dessa linguagem. Elas expressam nuances, sombras de uma espécie de significado ou certa sutileza de idéias, enquanto o Monoteísmo é só uma vogal, onde tudo está reduzido a uma simples nota, que quem a emite nem sequer a entende.”

Independente de como se posicione, todas as opiniões são válidas. Todas as crenças devem ser respeitadas quando elas estão também respeitando os direitos humanos. Acreditar ou não em Deus não interfere na possibilidade de perceber quão maravilho é o Universo, e como cada oportunidade é única para fazer o melhor.
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Igor Teo é escrito e estudante de psicologia. E escreve no Blog: Artigo 19.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Porque a Temperatura Ideal do corpo é 37º C

Cientistas descobriram o motivo pelo qual a temperatura do nosso corpo é de 37°C.

Aparentemente, este é um equilíbrio perfeito, por ser quente o bastante para evitar infecção por fungos, mas não quente demais a ponto de termos que comer sem parar, para manter o nosso metabolismo.

Os cientistas sempre se indagaram porque motivo os mamíferos avançados são tão quentes, comparados com outros animais. E este pode ser o motivo! O número de espécies de fungos que conseguem sobreviver e infectar um animal cai em 6% para cada 1°C a mais na temperatura do corpo. Então quanto maior for a temperatura, mais o corpo evita infecções por fungos. Mas existe uma temperatura ideal?

Os cientistas criaram um modelo matemático que analisou os benefícios ganhos por temperaturas do corpo que protegem o organismo de fungos versos o custo – na forma de maior consumo de alimento – necessário para manter a temperatura do corpo entre 30° e 40°C. A temperatura ideal para maximizar os benefícios e minimizar os custos é de 36,7°C, que se aproxima bastante da temperatura normal do corpo humano.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Astronomia, Matemática e Música

“A fonte de onde emana o mundo é sempre uma fonte sonora.”

 Por Fabio Almeida
A Metafísica Ocidental, não seria a mesma se Pitágoras não descobrisse a íntima ligação existente entre os números e a música.  Isto fez com que a Astronomia, a Música, a Matemática e a Geometria fossem disciplinas básicas de uma Cosmologia que perdurou por toda Idade Média.

Os quatro caminhos, também denominado quadrivium, era o conjunto destas quatro matérias ensinadas nas universidades medievais, uma ressonância da Fraternidade de Pitágoras que procurava unir a ciência e a religião, a matemática e a música, a cura e a cosmologia.

Depois do trivium (gramática, lógica e retórica), o quadrivium era a parte secundária do currículo descrito por Platão em “A República“. Destas disciplinas originou-se a idéia da Música das Esferas, onde a disposição dos astros correspondiam à escala musical, e que a música tocada pelo Cosmos, mesmo que além dos limites da nossa audição, seria inteligível.

A partir das suas descobertas em relação aos fundamentos matemáticos das consonâncias musicais, Pitágoras visualizou uma relação mística entre a matemática a música e a astronomia. Para ele a música era o elo de união entre o homem e o cosmos. Em sua cosmologia cada planeta produzia uma nota musical, e esta orquestra celeste executa uma harmonia cósmica tão perfeita, que nós humanos não seríamos capazes e talvez nem merecedores de ouvi-la.

Em 1766 Johann Titias, acreditando que os planetas formavam naturalmente uma cadeia de oitavas, observou que todos os planetas conhecidos na época tinham distâncias que se tornavam progressivamente maiores na razão 2:1, a razão da própria oitava. Apesar das distâncias não serem exatamente na razão 2:1, outras leis harmônicas, como a velocidade dos movimentos dos planetas na descrição das suas órbitas, podem ter passado de maneira despercebida pelos astrônomos.

Imaginando os planetas dispostos em uma linha reta a partir do Sol, a harmonia poderia ser representada pelas frequências de alturas dos planetas ao entrarem em conjunção um com o outro. O interessante é que algumas conjunções planetárias ocorre em determinados períodos de tempo que refletem com exatidão considerável as razões de comprimento necessárias para produzir as notas diatônicas de uma oitava.

Cientistas, após detectarem oscilações na superfície do Sol, que acreditam originarem-se de ondas acústicas em seu interior, o descreveram como um grande instrumento musical. A Voyager 2 demonstrou-nos que todos os planetas irradiam tons através do vácuo, embora os sons capturados não correspondam exatamente à Música como a conhecemos, eles refletem a nossa busca constante pela harmonia presente no Universo.

Retirado de: 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

50 Lições que a Vida me Ensinou

Por Regina Brett
 1.A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
3 A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
4. Não se leve tão à sério. Ninguém mais leva…
5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.
6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.
7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele aguenta.
9. Poupe para aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.
11. Sele a paz com seu passado para que ele não estrague seu presente.
12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia do que se trata a jornada deles..
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15 Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. A vida é muito curta para longas piedosas festas. Esteja ocupado vivendo ou esteja ocupado morrendo.
17. Você pode fazer tudo se começar hoje.
18. Um escritor escreve. Se você quer ser um escritor, escreva.
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de vocÊ e mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite não como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante, depois deixe-se levar pela maré..
23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade além de você.
26. Encare cada “chamado desastre” com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo a todos.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31. Indepedentemente se a situação é boa ou ruim, irá mudar.
32. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato
33. Acredite em milagres
34. Deus te ama por causa de quem Deus é, não pelo o que você fez ou deixou de fazer.
35.O que não te mata, realmente te torna mais forte.
36. Envelhecer é melhor do que a alternativa: morrer jovem
37. Seus filhos só têm uma infância. Faça com que seja memorável.
38. Leia os Psalms. Eles tratam de todas as emoções humanas
39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares
40. Se todos jogassemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela AGORA!
42.Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeiroso.
43.Tudo o que realmente importa no final é que você amou.
44. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
45. O melhor está por vir.
46. Não importa como você se sinta, levante, vista-se e apareça.
47. Respire fundo. Isso acalma a mente.
48. Se você não pedir, você não ganha.
49. Produza.
50. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente!!!

***

Regina Brett é Colunista do The Plain Dealer, um jornal de Cleveland, Ohio, Regina Brett nasceu em 31 de maio de 1956 na cidade de Eugene, Oregon, USA.

Bacharel em jornalismo pela Kent State University e um mestrado em estudos religiosos da Universidade John Carroll, Brett tem a incrível marca de 2000 colunas escritas ao longo de sua carreira.

Detentora de vários prêmios, foi também finalista do prêmio Pulitzer em 2008 e 2009 como comentarista, recebeu a medalha de Batten Lifetime Achievement em 1999, e foi indicada para a Medalha de Batten por seu trabalho em 2008.

Publicou seu primeiro livro, “God Never Blinks: 50 Lessons for Life’s Little Detours (Deus nunca pisca: 50 Lições para pequeno desvio da Vida” em abril de 2010 pela Editora Grand Central – Em português foi publicado pela Editora Sextante em 2011 com o título: “Deus Nunca Dorme”.

Com um câncer de mama diagnosticado em 1998, Regina incluiu suas experiências de quimioterapia e a recuperação, em sua coluna no Akron Beacon Journal (este, que trabalhava na época), o que lhe rendeu o prêmio Headliner Nacional Award.

Escreveu as 45 lições de vida quando completou 45 anos e, cinco anos mais tarde, atualizou a versão com mais 5 lições concluindo finalmente as 50 lições. Confira o site oficial: http://www.reginabrett.com/ .

Retirado de:

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Se Você não Cumpre o que Fala, Mente Duas Vezes

O PODER DA PALAVRA
Por Tiago Mazzon
Geralmente classificamos discursos morais como entediantes e chatos. Não atribuímos importância às virtudes pois elas nos parecem chatas e restritivas. Isso acontece porque desde pequenos levamos sermões de nossos pais, nos dizendo o que devemos ou não fazer. Apesar de suas advertências, muitas daquelas coisas proibidas acabam sendo feitas mesmo assim. E o que acontece é que aprendemos a lição, mostrando-nos se nossas pais estavam certos ou não, e nunca mais esquecemos.

Pois bem, esses dias estava pensando em como costumamos mentir para nós mesmos ou para os outros. Muitas dessas mentiras são não-intencionais. Lembrando, é claro, que promessas não cumpridas também são mentiras: afinal de contas, dissemos que faríamos algo, e acabamos não fazendo, tornando nossa afirmação falsa.

Se você não cumpre o que fala, você mente duas vezes: para você e para o mundo.

Palavras têm poder. Palavras são a manifestação sonora dos seus pensamentos, sentimentos, promessas e conclusões. Ao falar o que está na sua mente, sua voz é emitida em todas as direções a partir da sua boca na forma de ondas sonoras que se propagam pelo ar. Sua voz entra pelos seus ouvidos, você a entende e a associa ao pensamento que a originou, formando um circuito fechado ou ciclo. Isso reforça o pensamento, emoção, conclusão ou promessa que estava passando na sua mente no momento em que você falou.

Ou seja, sempre que você diz algo, você está reforçando um pensamento. Reforçar um pensamento é a base para muitas coisas. Desde reforçar uma necessidade através da emissão de um “estou com fome” até reforçar um pensamento elevado, emitindo, por exemplo, um sonoro e sagrado mantra budista.

Podemos aqui traçar um paralelo com a pronúncia de mantras específicos em rituais magísticos. Ao pronunciá-los, estamos reforçando a nossa visualização através do som. O som reverbera em nossas mentes, adicionando energia ao pensamento que estamos mantendo, a fim de realizarmos aquele Trabalho em questão. O mantra é uma forma eficaz de aumentar e fortalecer uma visualização com a poderosa energia da Palavra, do Verbo.

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele” (João 1:1-3)

Falar é um ato de Criação. Detemos esse poder e, portanto, temos total responsabilidade sobre como o utilizamos. Alegar ignorância não o exime dessa responsabilidade, pois você está constantemente exercendo-o, quer queira, quer não.

Permita-me repetir: você SEMPRE reforça o pensamento ao falá-lo, consciente ou inconscientemente.

Se você diz algo com a intenção de desdém ou mentira, você diz inconscientemente ao seu cérebro para rejeitar aquela informação. Mentira após mentira, você se auto-programa para ignorar a si mesmo cada vez mais, até que chega em um ponto em que não possui mais nenhuma autoconfiança. Isso acaba refletindo também no trato com outras pessoas, pois se nem você é digno de confiança, como confiar nos outros? Como saber se dizem a verdade?

Suas promessas passam a ser vazias. Compromissos são deixados de lado. Metas que você tenta traçar para si mesmo são ignoradas e, portanto, jamais atingidas.

Mentir acaba afastando as pessoas de você. Acaba afastando também seus projetos e sonhos de se realizarem, pois você nunca cumpre o que diz. Sua mente já está bem treinada para ignorar tudo o que sai da sua boca.

Mas sempre há uma saída de qualquer situação; essa não seria uma exceção. Basta reprogramar sua mente para ouvir o que você diz. Basta começar a cumprir suas promessas, compromissos e metas. Basta falar a verdade e se manter fiel a ela.

Ao emitir a sua verdade, sua mente reforçará sua promessa, seu compromisso, sua meta… assim como suas inspirações, conclusões, pensamentos e emoções.

Seus projetos passarão a se concretizar. Suas inspirações se tornarão reais. Sua vida se tornará congruente com a sua Palavra. As pessoas acreditarão no que você diz, pois saberão que é alguém honrado e verdadeiro.

Honrar é cumprir a Palavra.

Cumprir a Palavra é tornar Verdade aquilo que vem da Mente (ou dos Planos Superiores, ou Espírito, ou Essência, ou Consciência… ou tantos outros sinônimos e termos similares em significado).

Procure agora aplicar essa visão congruente de manifestação da Verdade em todas as pessoas do planeta Terra. Tente esboçar um quadro em que todas as pessoas falam a verdade, ou seja, cumprem o que dizem, sendo o que dizem ser. Como seria o mundo?

Quando faço esse exercício, visualizo que haverá mais confiança entre as pessoas. Surgirá um fluxo comunicativo bem maior, ampliando o entendimento e o desenvolvimento das sociedades. Tudo correrá tranquilamente entre as pessoas e as nações, pois não haverá motivo para medo de traição. A autenticidade de cada povo será legítima. Intenções claras à vista de todos.

A Justiça seria totalmente reestruturada, ou até mesmo desnecessária. Se todos os governos e seus atos são totalmente claros aos olhos do povo, tudo passa a ser fiscalizado naturalmente e corrigido quase que instantaneamente. Os impostos seriam destinados totalmente ao propósito que foram criados. Todos os cargos teriam sua finalidade bem clara, definida e preenchida.

A burocracia deixaria de ser necessária. Leis tampouco, pois ninguém esconderia nada dos olhos públicos.

As religiões também seriam profundamente afetadas, com a revelação da verdade sobre a História do mundo, e a história da vida de grandes homens e mulheres do passado.

Há tantas outras repercussões mundiais que simplesmente levaria muito tempo só para escrever todo o impacto causado por tal adoção de comportamento.

Fica bastante claro que a força purificadora e alteradora da Verdade transformaria a humanidade tão profundamente e de formas tão fantásticas que seria tal qual fogo nuclear.

Mas o que realmente devemos destacar é: o que ocasiona a fagulha inicial? O que inicia o processo revolucionário de transformação?

A atitude pessoal. Individual.

Tudo começa em mim. Em você.

Que tal começarmos agora? Que tal começarmos a ser sinceros consigo mesmos? É um bom primeiro passo :)

Retirado de: