Seguidores

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Síndrome do Estrangeiro IV

O Estrangeiro na Sociedade
Por Málu balona
A sensibilidade exacerbada será confundida com fraqueza. Por outro lado, a força manifestada em outras circunstâncias e a capacidade de recuperação de quadros orgânicos graves, demonstram saúde inexplicável.
A ignorância dos sinais bioenergéticos e parapsíquicos pessoais fará com que o portador mergulhe num caótico mundo de sensações e percepções, próprios e alheios, que não saberá organizar ou entender.
 A sociedade patológica é composta de mecanismos criados para permitir a conservação de mediocridade, através da estampagem ou modelagem (imprinting) de indivíduos nivelados por baixo. Na SEST ocorre o contrário quase absoluto do imprinting. A consciência, manifestada outra vez em estado intrafísico, não aceita a sua condição, estabelecendo-se o comportamento do estranho no ninho, às vezes somado à conduta do rebelde sem causa.
A portadora está tentando fazer um desajeitado imprinting, aparentemente impossível naquelas circunstâncias: implantar e viver a realidade extrafísica dentro da intrafisicalidade.
Contudo, toda consciência precisa se integrar ao grupo para evoluir. Seguindo um dos princípios básicos da evolução: toda consciência evolui pelo esforço individual, porém agiliza a evolução pessoal em grupo. Quanto mais madura a consciência, maior a sua participação.
O grande desafio da consciência madura é conseguir viver como se fosse igual a todo mundo, sabendo que é diferente de todo mundo. A intrafisicalidade constitui a grande oportunidade evolutiva de superação da pressão patológica.
Assim como as plantas tendem a mover-se no movimento trópico, próprio da espécie, em busca de luz e de calor, suas fontes maiores de energia, também a consciência busca o estímulo da afetividade, da calidez e do aconchego, para escapar ao afunilamento intrafísico em busca de suas fontes básicas de energia.
Essa é a condição indispensável para a auto-organização individual, para o amadurecimento consciência! e para a conseqüente execução da programação existencial.
A tentativa de participação e de aceitação, através da grupalidade sadia, é o que podemos chamar de tropismo consciencial.
Na SEST essa condição é ainda mais necessária, já que, a consciência esteia as convicções pessoais nos elementos da sua programação espiritual. A vontade de aliviar o infortúnio pessoal e a injustiça de que se sente vítima são uma das suas principais motivações para sair em busca de companhia.
É com esse propósito que no final da adolescência vai buscar, talvez de forma tardia e deslocada, o seu grupo de referência.
Entretanto, essa busca não se limita a adolescência, como mostra o portador de SEST chamado “Buscador-Borboleta” - ele, ou ela, pode ser encontrado nas seitas exóticas da moda, nas disciplinas alternativas, no esoterismo ou no misticismo em geral.
Algumas vezes, fazendo escolhas radicais de integração, outras vivendo surtos de regressão infantil ao romantismo místico de fadas e duendes, num claro revivalismo do próprio passado medieval, a consciência exilada procura amenizar o sentimento de expatriamento ou desterro através dessa fuga estratégica da sociedade física que a maltrata.
Muitas seitas esotéricas, sejam elas hard ou light, empregam na sua estrutura técnicas para a lavagem cerebral. Algumas delas incluem a mudança completa da identidade pessoal.
Com a possibilidade de mudar de nome (lavagem de ego), adotando uma nova identidade, as portadoras da SEST vêem, nessa falsa promessa, uma possibilidade de livrar-se das inquietações trazidas pela identidade indesejável. Naquele momento, essa parece a solução prática para o conflito.
Há nos movimentos esotéricos, na chamada new age, grupos que anunciam a queima de arquivos pessoais negativos - carma - em uma única vida - esta mesma. E como furar o céu sem esforço. No desespero, vale tudo.
Dentro desse perfil de fragilidade, basta aproveitar a condição de desconforto em que se encontra o indivíduo.
Com a proposta de uma nova vida, a adoção de um nome iniciático, as seitas místicas têm à sua disposição na sociedade, um grande contingente de indivíduos carentes e desorientados. Com ele formam um mercado de trabalho escravo, onde, muitas vezes, se inclui a total anulação da vontade pessoal — livre-arbítrio.
Geralmente são chefiados por um indivíduo sensitivo e com experiência parapsíquica. Essa situação favorece o aliciamento de personalidades predispostas, transformando em adepto incluso, aquele que ainda há pouco era o inadaptado excluído.
Com esse procedimento que constitui um atentado à liberdade consciencial evolutiva, ninguém ganha e todos perdem tempo e oportunidades, entrando nas intermináveis auto-repetições das experiências místicas vividas nas multimilenares existências.
Um exemplo claro dessa realidade é o jovem, ou a jovem, que ao aproximar-se de determinada linha mística de conhecimento, sente uma grande familiaridade com as informações, confundindo suas percepções e vindo a repetir as vivências já superadas, nas mesmas escolas de conhecimento que, muitas vezes, nos milénios passados até ajudaram afundar.
Alguns experimentarão o sentimento que corresponderá a uma caricatura do compromisso com o seu destino. Trata-se da “síndrome de missão”, tão comum às pessoas que receberam uma tarefa a cumprir nesta vida específica:
"Sempre tive a impressão de que eu tenho uma tarefa especial a executar nesta vida. E na seita x me disseram que é justamente lá que eu tenho que estar, para poder realizar o meu compromisso com a humanidade".
Ou "Sabe o que me disseram? Eu sou médium... Agora estão me chamando no centro x para desenvolver. Eu preciso cumprir a minha missão terrestre".
Sem ter mais nada a perder, o portador, ou portadora da SEST, deixa-se confundir com o passado evolutivo recente, voltando ao contato com as mesmas linhas de pensamento nas quais já foi atuante. Na maioria dos casos, esse retorno constitui uma desnecessidade evolutiva.
A troca da tarefa do esclarecimento, pela tarefa da consolação, impedirá as portadoras da SEST, de fazerem o auto-enfrentamento tão necessário, reforçando aja acentuada imaturidade emocional.
Os sentimentos, mesmo nobres como a compaixão, quando mal aplicados podem inviabilizar a assistência real à consciência necessitada de realismo nas informações sobre a jornada evolutiva. Boa vontade e boa intenção não bastam. É preciso discernimento.
A SEST constitui também um capricho, espécie de pirraça infantil da consciência, mimada pêlos próprios dotes pessoais, porém, ainda egocêntrica quanto ao processo evolutivo.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A Síndrome do Estrangeiro III

Características Principais de um Estrangeiro
Por Málu balona
São exemplos de manifestação de personalidade presentes com maior intensidade no portador da SEST:
1 - Compensação - adoção da autodidaxia para substituir a escola.

2 - Deslocamento - O mal rendimento escolar pode indicar o deslocamento dos conflitos vividos com a família.

3 - Fantasia - É a nostalgia, tipo de avestruzismo evolutivo.

4 - Identificação - Há dificuldades com a identificação convencional.

5 - Introjeção - Absorver o comportamento negativo. Imitar amigos que todos desprezam. É a máxima: "Já que ninguém precisa de mim, eu também não preciso de ninguém.j

6 - Projeção - Apresentar justificativas. A culpa é sempre do outro. (A culpa é de todos, ao invés de responsabilidade própria).

7 - Regressão - Voltar a um comportamento já superado, sob pressão.

8 - Repressão ou Recalque - Recalcar os pensamentos e sentimentos inaceitáveis ou potencialmente perigosos. Fonte de autoculpa, calcada na insatisfação pessoal, a repressão é geradora de ansiedade e angústia.

Dentro dessa constelação de defesas, aparecem sentimentos hiperdimensionados de vitimização. Se, por exemplo, ocorre um tufão na cidade, o excesso de ego, a egomania, faz com que o indivíduo pense que a culpa seja, em parte, sua. Essa internalização, adequada nas crianças muito pequenas, apresenta-se aqui deslocada, como ectopia do comportamento consciencial. (A frase seguinte resume o sentimento do portador ou portadora da SEST, nessa etapa: "Na vida me sinto igual a um cachorro que caiu do caminhão no dia da mudança da família").
A espera de receber uma espécie de senha, que um dia alguém, em algum lugar, lhe dará, a consciência alimenta a esperança de encontrar e reconhecer o seu grupo, os seus pares, os seus iguais. Está convicta de que há um tipo de comunicação consciencial específica, que só poderá ser captada pêlos que sofrem do mesmo mal.
O microuniverso consciencial excede em complexidade, todos os elementos até hoje conhecidos e pesquisados pela ciência convencional. Em busca de maior autoconsciência emocional para alcançar a maturidade relativa, toda consciência deseja ser amada, respeitada e evoluir.
Apesar de fazer seu aparecimento no tecido social de diversos segmentos, o fenômeno da SEST faz com que o portador ou portadora não passem despercebidos e sejam logo identificados nos respectivos grupos de inserção, devido à evidência de caracteres distintos dos demais membros.
Ao modo do líquido revelador empregado pelo fotógrafo que, quando utilizado sobre o papel em branco, faz surgir a imagem, também o grupo servirá de elemento contrastante para os portadores da SEST.
Os epítetos já citados, estranho no ninho, ovelha negra, adotado, bebe de proveta, achado no lixo, ovo de chocadeira, patinho feio, diferente de nós, de outro planeta, turista, ET e marciano, entre outros, evidenciam o processo de decantação da diferença, responsável pelo posterior rechaço e até pela exclusão do membro estranho.
A divergência, em certas manifestações da sociedade, é parte daquilo que na abordagem conscienciológica constitui o choque entre a verdade relativa de ponta e o contrafluxo das verdades estabelecidas - colisão de paradigmas.
O estigma da diferença incompreendida - preconceito - é parte do conflito da SEST. Numa retrospectiva, podemos concluir que até o momento foram encontrados os seguintes parâmetros para a sua caracterização:

l - Sentimentos.
O portador, ou portadora, vive com sentimento permanente de inadaptação pessoal e rejeição por parte do grupo. A inaceitação é mútua. O corpo é um fardo que faz com que o(a) portador se sinta uma hóspede indesejável de si mesma.
Os sentimentos fortes e persistentes de já ter vivido antes, de melancolia, de tristeza e de saudades de pessoas, de situações e de lugares desconhecidos são parte do núcleo emocional na SEST.
Para escapar ao destino incerto, a portadora pode até utilizar-se, em alguns casos, de um disfarce de rebeldia, passando de superdotada a superindisciplinada, a contestadora e a líder.
Não conseguindo fazer-se entender, sem referenciais afetivos sadios, algumas mudam radicalmente a sua manifestação social, nesta fase, numa tentativa de escapar ao perigoso futuro que as aguarda: tornam-se expansivas, comunicativas e extrovertidas ao exagero.

2 - Parapsiquismo.
O potencial parapsíquico evidente - clarividência, projeção consciente, acesso espontâneo à memória integral - holomemória; percepção das energias e fenómenos de efeitos físicos - é vivenciado com desconforto, sendo objeto de reações desagradáveis no grupo.
Sem defesas contra as intrusões das energias externas, a consciência não compreende o motivo pelo qual o seu registro da realidade é tão diferente dos demais.
A percepção e a comunicação com a multidimensionalidade não chegam a representar um alívio real desse quadro.

3 - Paradoxo:
Maturidade Psicológica/Intelectual versus Imaturidade Emocional/Afetiva. O bom desempenho intelectual e a facilidade para a crítica fazem com que o portador, ou portadora, pareça bem mais maduro do que é.
Contudo, a carência afetiva e a baixa auto-estima impedem a autocrítica necessária ao amadurecimento sadio da personalidade.
Apresentando um quadro emocional instável, oscila entre a alegria e o pranto; o pacifismo e a agressividade; faz a defesa veemente dos pontos de vista pessoais, questionando tudo e todos ao redor, mantendo-se cega, contudo, para o próprio universo íntimo.

4 - Escolaridade, Superdotação e TDA.
Os desempenhos acima da média em áreas específicas - superdotação, ou múltiplas - multidotação, contrastam com alguns quadros :de transtorno do déficit de atenção/hiperatividade, fazendo com que os resultados pessoais sejam abaixo das expectativas.
Os estudiosos de crianças superdotadas, já identificaram o contraste entre a capacidade intelectual excessiva e a imaturidade afetivo-social. A facilidade para apreender não é sinônimo de aptidão emocional para enfrentar as situações da vida de forma pragmática.
Com a convicção de saber mais do que consegue expressar, além da dotação intelectual, algumas vezes apresentam casos compostos de tridotação consciencial: intelectualidade, parapsiquismo e comunicabilidade.
Apesar das múltiplas aptidões, o déjà-vu cultural levará a um quadro de desmotivação quanto à vida escolar. A autodidaxia será a forma preferida de estudo isolado, indicando a rebeldia ao currículo convencional. A inteligência de alto nível não será aplicada de forma positiva, devido à imaturidade emocional.
O mal rendimento escolar aparece como resultado para essas consciências rebeldes, hipersensíveis ao fracasso. As batalhas emocionais internas impedem a concentração nas tarefas e sabotam a real produtividade.
Amantes da leitura, às vezes não se tornam bons estudantes devido ao conflito emocional de que são portadores. O medo de errar faz o contraste com o perfeccionismo, que pode ser apresentado como tentativa de controle do mundo interno e externo.

5 - Tendências Artísticas.
Na busca de entendimento do próprio microuniverso consciencial, em alguns casos, o portador e portadora da SEST serão atraídos para determinadas áreas da sociedade que permitam maior liberdade de expressão. Desse modo, esperam poder aplicar a criatividade de que são dotados.
As pesquisas indicam que, dentre os hobbies e as profissões mais procuradas, aparecem aquelas relacionadas com as artes em geral: atores, pintores, músicos; no campo da intelectualidade: escritores, críticos de cinema e de literatura, poetas; na comunicação: jornalismo, publicidade, humorismo. São as preferidas.

6 - Cosmoética.
A prática de princípios pessoais éticos mais maduros, que a média do grupo, é um dos fatores de conflito social para quem vive a SEST.
A renúncia a esse código pessoal de ética constitui um dos pontos-chave para o suicídio psicológico em que muitas vezes, culmina o processo. Contudo, o nível de maior consciencialidade não contribui para o entendimento da situação pessoal, tendo no choque de valores intrafísicos e extrafísicos e na desafeição gerada em contrapartida, o seu ponto crítico.
O despreconceito social relativo na escolha de companhias e de grupos constitui outra fonte de problemas. Essa atitude será confundida com falta de critérios e valores morais.
A ambiguidade e o universalismo, que tenta pôr em prática, serão recebidos como sinal de uma personalidade volúvel e instável.
Apesar do isolamento involuntário em que se encontra, não é partidária do sectarismo social. Será rechaçada pela própria família nuclear, principalmente quando, reativa ao preconceito, não toma partido nem aprova a exclusão de outros membros por diversos motivos.

7 - Auto-suficiência.
A independência social excessiva, fruto da auto-sufíciência negativa, ampliará a tendência à solidão e ao isolamento, o que impedirá o desenvolvimento da maturidade, inibindo a aplicação prática do nível de cosmoética que já possui.
A dificuldade de atuar em equipe ou formar grupos será uma das sequelas da queima de etapas sociais na adolescência: deseducação para a grupalidade

8 - Saúde.
Vítima de intoxicações energéticas e assimilações simpáticas constantes (esponja de energias, tóxicas), sofrerá falsos alarmes, dores-fantasma, preocupando a família nuclear e o entorno social. A repetição do quadro levará ao estigma de ser sensível, impressionável e hipocondríaca - que finge estar doente.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Síndrome do Estrangeiro II

Crianças e Adolescentes Estrangeiros
Por Málu balona
As consciências com a SEST são dotadas de inteligência acima da média, o que nessas circunstâncias não lhes será de grande valia, só aumentando-lhes a agudez das percepções, sem contudo, facultar-lhes conhecer os meios para preservarem-se das situações cotidianas.
Na abordagem conscienciológica que admite a multi-existencialidade consciencial, a consciência com baixa auto-estima, sem dar valor ao que já aprendeu, sente-se pior do que o menos ditoso. De que adianta possuir tantos talentos, saber tanto, se isso não lhe serve para diminuir o estado íntimo de isolamento? A falta de auto-conhecimento faz com que não possa tirar partido do que já sabe.
Desprovida de alguns dos preconceitos sociais, próprios da natureza humana, não esconde a repulsa diante do sectarismo, racismo e outras expressões primárias de comportamento social, o que será outra fonte de dificuldades.
Como ocorre com certas personalidades intelectualmente bem dotadas, parece muito mais madura do que é (mecanismo de defesa: racionalização): E ninguém percebe. Incapaz de autocrítica, apresenta uma visão distorcida da própria realidade consciencial.
Não chega a ser uma criança prodígio, mas apresenta interesses e habilidades diversas - multidotação, o que se explica pela memória hábil de múltiplas vidas passadas.  A criatividade consiste na combinação original de dados, surgindo como resultado a idéia nova, a invenção, o impensado. Outro contraste com o grupo será a engenhosidade utilizada para a solução de problemas.
A superioridade intelectual será, em parte, responsável pela incompatibilidade com crianças da mesma idade. Nesse aspecto, suas preferências recairão sobre a companhia de pessoas adultas ou mais velhas.
Geralmente o portador ou portadora da SEST apresentam processos de interação extrafísica que podem ser: a projeção lúcida, a clarividência, a clariaudiência (ouvir vozes extrafísicas), a percepção das energias são familiares.
Sendo mais sensível que a media dos membros da família, será sempre a primeira a- "pagar o pato" nos casos de assédio doméstico (uma espécie pára-raio extrgfísico inconsciente).
Na SEST não há ambiente sadio, clima de confiança para dividir as experiências subjetivas e os complexos sentimentos do seu portador ou portadora. Não é nada-agradável ser diferente sem querer.  Em alguns casos ocorre uma situação paradoxal: superinteligência versus mau rendimento escolar. Amantes da leitura como busca de isolamento e fuga da realidade desinteressante, nem sempre se tornam bons estudantes. Na SEST, o que ocorrerá na escola será o déjà-vu cultural. O desinteresse pelas diversas disciplinas será notório, com grande facilidade para aprendizagem, mesmo sem dedicação ou estudo. A vida escolar será marcada pêlos eventos afetivos dolorosos.
Com dificuldades em relação à mesmice e às rotinas típicas da escola, o portador(a) da SEST preferirá a.autodidaxia, transformando-se no seu próprio professor. Essa atitude indica o mecanismo de compensação utilizado para superar a falta de acompanhamento do currículo convencional. Essa estratégia será também a desculpa para a fuga e. o isolamento cada vez mais necessário.
As tendências artísticas aparecem, desde muito cedo, relacionadas ao perfil da SEST. Devido ao desinteresse cada vez maior gerado pela vida escolar (que ainda se arrastará por muitos anos), pode ocorrer uma súbita inclinação para as disciplinas artísticas - literatura em geral, pintura e música.
Na SEST, a consciência adolescente passa para a adultez sem faire lê pont, fazendo a passagem direta para a vida adulta, sem provar a convivência grupal sadia. Essa condição indica o egocentrismo infantil levado à vida adulta, criando uma entidade excessivamente individualista.
Acostuma-se a estar sozinha, a maior parte do tempo, piorando a qualidade das suas decisões. Sob pressão interna e externa, é alvo da admiração negativa (admiração distorcida, patológica ou inveja) por parte de colegas e professores. O estudante que pergunta muito, pesquisa por sua conta, e às vezes é mais brilhante que o seu professor, pode ser tido como insolente, ameaçando a disciplina, apresentando-se como um desafio para os professores.
Quanto aos colegas, um companheiro que não se mata em cima dos livros, e faz melhores provas do que quem estudou, só pode ser alvo de frustração e de inveja.
Devido a esse quadro de intolerância, o(a) portador vive em conflito: pacifísmo ou agressividade? Se nada faz é boboca, se reage é indisciplinada. Se finge que não sabe, se dá mal, se mostra o que sabe, sofre represálias. Como agir?
O autoritarismo, a repressão, a falta de referenciais afetivos sadios fazem com que a curva da adolescência seja determinante para todas as pessoas e traga conseqüências ainda mais complexas no caso da SEST.
No caso da SEST essa condição de adolescente torna-se delicada, na medida em que a estratégia tende a encobrir a tendência à camuflagem da verdadeira identidade. Essa espécie de disfarce de si mesmo pretende ocultar a natureza de suas inquietações, não podendo ser avaliada como experimentação de papéis.
É o que chamamos de criação da personalidade-doublé, personalidade-estepe, pseudo-eu ou o falso ego imposto e suposto. Onde os portadores da SEST passando a usar a maturidade psicológica de que são dotadas com inteligência, fingem aceitar as regras do jogo, numa perfeita cortina de fumaça para ocultar a sua verdadeira personalidade. Manipulando para não serem manipuladas, sua performance parecerá mais ajustada, mais dentro da média.
Passando a usar essa personalidade-doublé, sem compromisso com os seus valores reais, essa personalidade-estepe deverá tornar-se a sua segunda pele, protegendo-a da própria fragilidade emocional. A frase de uma portadora da SEST resume bem o conflito: "Se eles descobrirem que eu sou eu, estou perdida. "

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Síndrome do Estrangeiro I

A Síndrome do Estrangeiro
Por Málu balona
A SEST- Síndrome do Estrangeiro é um distúrbio do comportamento, caracterizado por um estado mórbido de alienação, estranheza ao ambiente e/ou a pessoas, inadaptação, melancolia aguda, apatia, depressão, às vezes acompanhada de anorexia, podendo levar à morte prematura.
Esse processo poderia também ser chamado de: crise aguda de saudade, suicídio branco (morrer de desgosto), melancolia intrafísica (melin) precoce, melin infantil, saudade impessoal de origem desconhecida, banzo consciêncial.
É importante definir que o sentimento de irrealidade e estranheza em relação à vida humana, vivido pelo portador da SEST, reside no esquecimento temporário de sua origem extrafísica. Segundo essa hipótese, o(a) portador(a) é aquele que "nasceu e não sabe ", antípoda ao dito popular "morreu e não sabe".
No campo da Antropologia, encontramos a referência ao isolamento vivido por um pesquisador que em meio a uma cultura estranha, num sistema de regras exótico, não pode compartilhar os seus anseios e achados com os demais membros da comunidade.
Essa impossibilidade de comunicação - incomunicação é também sentida pelo portador da SEST que, embora vivendo aparentemente no próprio meio social, tem a sensação de pertencer a outra raça, outra cultura, falar um outro idioma, praticar um sistema de valores distinto, incompreensível para os demais.
O estrangeiro intrafísico sente-se exótico, distante socialmente segregado e marginal sem saber o porquê. O isolamento o impede de aplicar a cosmoética (conhecimento de outras vidas) que possui.
No campo da Medicina, pesquisadores afirmam que os sobreviventes de EQMs - Experiências de Quase-Morte passam por um período de readaptação ao próprio corpo, aos familiares e ao entorno social, após vivenciarem a experiência de projeção lúcida crítica.
São tantos os casos, que esse processo foi caracterizado por alguns autores como Síndrome de Reinserção, uma vez que os portadores apresentam um quadro específico e levam um tempo variável para adaptar-se, sendo que, na maioria das vezes, não conseguirão comportar-se de modo igual ao anterior à experiência.
Quando persistente, esse quadro gera a necessidade de um acompanhamento terapêutico especializado, já que toda a família estranha o novo membro. Os portadores sentem saudades da sua experiência extrafísica, ansiando por retornar ao lugar extrafísico, onde se sentiam tão bem. Mostram dificuldade, a partir de então, de retomar a vida do ponto em que deixaram. No entanto, a maioria amadurece e melhora como pessoa. Essa é justamente a condição do (a) portador (a) da SEST, que sente-se também recém-chegado de um lugar indefinido, sendo por esse motivo um membro estranho no e ao grupo. Contudo, neste caso, não há rememoração definida, o que só vem a dificultar ainda mais o entendimento da causa real da inadaptação.
O (a) portador (a) da SEST cedo compreende que é possuidor de um tipo de informação que não poderá ser compartilhada, já que os demais ignoram a existência de outros sítios por ele conhecidos algures. Muitos apresentam elaboração ultra-rápida do pensamento -taquipsiquismo, pescando no ar idéias e sensações. O taquipsiquismo é a condição rara em que a consciência, para utilizar com eficiência os dados que possui, precisa de maior rapidez no processo cerebral - mais sinapses. São Geralmente donos de inteligência e criatividade acima da média, mas vêem, no entanto; os seus esforços e talentos desperdiçados devido ao seu permanente estado de estranhamento perante a vida humana. Trazendo a idéia clara de que poderá facilmente invalidar os melhores propósitos de evolução, a consciência do portador da SEST acalenta os mais vívidos sonhos de liberdade. Nesse afã, ainda criança, muitas vezes declara ao grupo em que vive que quer ir embora o mais depressa possível, quer trabalhar, não se casará e nem terá filhos.
O grupo em que está inserido estranha tão bizarro propósito, vendo nessa atitude um perigo em potencial para todos: "Como não se casar e não ter filhos, se para isso viemos ao mundo? Como querer sair de casa cedo?" São choques de interesses e objetivos causados pelo desnível evolutivo.
Por toda uma sequencia de posições e posturas tão diferentes do grupo de inserção, o portador da SEST passa a receber dos que lhe são próximos alguns epítetos semelhantes aos abaixo relacionados:
ESTRANHO NO NINHO, PATINHO FEIO, ADOTADO, OVELHA NEGRA, BEBÉ DE PROVETA, ACHADO NO LIXO, DIFERENTE DE NÓS, OVO DE CHOCADEIRA, TURISTA, ET e MARCIANO.
Nessa fase, acentuam-se os sentimentos de rejeição. O medo de errar, a sensação de urgência, talvez fragmentos das recentes vivências extrafísicas malogradas fazem com que a consciência viva em desassossego permanente.
Com senso crítico apurado, avalia a tudo e a todos com bastante precisão. Contudo, devido à precária vida emocional, é incapaz de fazer uma autocrítica isenta, substituindo esta necessidade pela autodepreciação.
Essa incapacidade de autocrítica não lhe permite utilizar os verdadeiros talentos que já possui. A auto-estima frágil gerará um quadro agudo de insegurança afetiva.
A autoculpa permanente, a ansiedade diante da vida, poderá levá-la a longos períodos em ponto morto, num processo de inércia diante das suas dificuldades. A autoculpa é um elemento paralisador da evolução devido à sua atemporalidade.
Muitas consciências bem intencionadas perdem a oportunidade de fazer a “reciclagem”, a partir do efeito estagnante da autoculpa da qual não conseguem escapar.
O indivíduo com autoculpa não tem visão cronológica, e continua a fazer a presentificação ininterrupta de situações passadas.
Contrariamente à autoculpa paralisadora, a responsabilidade é atual e dinâmica, funcionando no aqui-agora, momento de poder do livre-arbítrio. Esse é um erro comum de abordagem vivido pelas consciências na luta pela evolução- E necessário saber trocar a autoculpa - inércia atemporal, pela responsabilidade - atuação dinâmica no aqui-agora.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Seis dicas Para se Proteger das Enegias Negativas

 Por Jacqueline Abecassis 
 Todos nós sabemos que um dos itens que mais preocupa o ser humano são as temidas "Energias Negativas". Procurar fugir delas é besteira. Ela nos alcança em qualquer lugar do planeta. Mas, podemos nos defender dela, começando a tomar uma série de atitudes e providências.
Abaixo seguem seis dicas pessoais, para começar a combatê-las.

1. NÃO TEMER NINGUÉM
Uma das armas mais eficazes na subjugação de um ser é impingir-lhe o medo. Sentimento capaz de uma profunda perturbação interior, vindo até a provocar verdadeiros rombos na aura, deixando o indivíduo vulnerável a todos os ataques. Temer alguém significa colocar-se em posição inferior, temer significa não acreditar em si mesmo e em seus potenciais, temer significa falta de fé. O medo faz com que baixemos o nosso campo vibracional, tornando-nos assim vulneráveis às forças externas. Sentir medo de alguém é dar um atestado de que ele é mais forte e poderoso. Quanto mais você der força ao obsessor, mais ele se fortalecerá.

2. NÃO SINTA CULPA
Assim como o medo, a culpa é um dos piores estados de espírito que existem. Ela altera nosso campo vibracional, deixando nossa aura (campo de força) vulnerável ao agressor. A culpa enfraquece nosso sistema imunológico e fecha os caminhos para a prosperidade. Um dos maiores recursos utilizados pelos invejosos é fazer com que nos sintamos culpados pelas nossas conquistas. Não faça o jogo deles e saiba que o seu sucesso é merecido. Sustente as suas vitórias sempre!.

3. ADOTE UMA POSTURA ATIVA
Nem sempre adotar uma postura defensiva é o melhor negócio. Enfrente a situação. Lembre-se sempre do exemplo do cachorro: quem tem medo do animal e sai correndo, fatalmente será perseguido e mordido. Já quem mantém a calma e contorna a situação pode sair ileso. Ao invés de pensar que alguém pode influenciá-lo negativamente, por que não se adiantar e influenciá-lo beneficamente? Ou será que o mal dele é mais forte que o seu bem? Por que será que nós sempre nos colocamos numa atitude passiva de vítimas? Antes que o outro o alcance com sua maldade, atinja-o antecipadamente com muita luz e pensamentos de paz, compaixão e amor.

4. FIQUE SEMPRE DO SEU LADO
A maior causa dos problemas de relacionamentos humanos é a "Auto-Obsessão". A influência negativa de uma pessoa sobre outra sempre existirá enquanto houver uma idéia de dominação, de desigualdade humana, enquanto um se achar mais e o outro menos, enquanto nossas relações não forem pautadas pelo respeito mútuo. Mas grande parte dos problemas existem porque não nos relacionamos bem com nós mesmos.
"Auto-Obsessão" significa não se gostar, não se apoiar, se auto-boicotar, se desvalorizar, não  satisfazer suas necessidades pessoais e dar força ao outro, permitindo que ele influencie sua vida, achar que os outros merecem mais do que nós.
Auto-obsediar-se é não ouvir a voz da nossa alma, é dar mais valor à opinião dos outros. Os que enveredam por esse caminho acabam perdendo sua força pessoal e abrem as portas para toda sorte de pessoas dominadoras e energias de baixo nível. A força interior é nossa maior defesa.

5. SUBA PARA POSIÇÕES ELEVADAS
As flechas não alcançam o céu. Coloque-se sempre em posições elevadas com bons pensamentos, palavras, ações e sentimentos nobre e maduros. Uma atmosfera de pensamentos e sentimentos de alto nível faz com que as energias do mal, que tem pequeno alcance, não o atinja. Essa é a melhor forma de criar "incompatibilidade" com as forças do mal e energias incompatíveis não se misturam.

6. FECHE-SE ÀS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS
As vias de acesso pelas quais as influências negativas podem entrar em nosso campo são as portas que levam à nossa alma, a "mente e o coração". Além de manter o coração e mente sempre resguardados das energias dos maus pensamentos e sentimentos, fuja das conversas negativas, maldosas e depressivas. Evite lugares densos e de baixo nível. Quando não puder ajudar, afaste-se de pessoas que não lhe acrescentam nada e só o puxam para o lado negativo da vida. O mesmo vale para leituras, programas de  televisão, filmes e passatempos de baixo nível.